Viver em condomínio não é uma tarefa fácil e exige muita paciência. Assim, como não escolhemos nossos vizinhos, também não escolhemos as atitudes e hábitos que eles têm. Então, o ideal é buscar uma boa convivência.
Para auxiliar na boa convivência, algumas dicas são essenciais para evitar conflitos internos e se seguidas podem trazer tranquilidade na vida em condomínio.
Há algum tempo ter animais de estimação em condomínios era algo proibido, principalmente quando se tratava de prédios. Atualmente, ainda existem condomínios que não permitem essa prática, mas com ampla frequência já se vê tal abertura.
No entanto, há necessidade de seguir algumas regras e etiquetas para evitar problemas com os vizinhos e evitar olhares desconfortantes para você e seu animalzinho.
A primeira regra a ser seguida, refere-se à criação de animais exóticos como cobras, aranhas e iguanas; que podem trazer perigo aos outros residentes e muitas vezes ser incompatível com o regulamento do condomínio.
Ao levar o animalzinho para passear, é necessário colocar coleira e guia e certificar-se como deve ocorrer a transição deste pelas áreas comuns do prédio; pois muitos condomínios pedem que durante a transição o animal seja carregado no colo do dono para evitar queda de pelos. Se o passeio for realizado dentro do próprio condomínio, em áreas permitidas para tal prática, lembre-se de levar pazinha e sacolinha para recolher possíveis dejetos do seu bichinho.
Sempre é válido lembrar que não é bom levar o animal para passear no playground ou próximo dessa área, pois os dejetos do animal pode trazer risco à saúde das crianças que utilizam da área.
Caso more em prédio com elevadores, assegure-se de qual elevador deva usar para sair com o animal. Alguns condomínios permitem a transição dos animais somente no elevador de serviços.
Ao viajar, não deixe o seu animal sozinho em casa. Além de não fazer bem ao seu bichinho, esse ainda pode ficar estressado por estar solitário e causar barulhos que desagradem os vizinhos. O ideal é deixar com alguém próximo ou em um hotel para animais que seja de sua confiança.
Se tiver um animal de grande porte ou se o de pequeno ou médio porte causar desconforto aos vizinhos e agressividade para a saída ao passeio, o ideal é colocar focinheira no animal.
Outro ponto importante para quem mora em condomínios residenciais onde as casas não possuam muros para divisão, é que tenha um espaço destinado ao animal, como um canil, de modo a zelar pela segurança de todos.
Lembre-se sempre de manter sempre a carteira de vacinação atualizada, para resguardar a saúde do seu animal e das pessoas ao entorno. Ainda vale lembrar a importância de manter o animal sempre higienizado e com tratamentos que evitem pulgas e carrapatos.
Depois de alguns lembretes para reforçar a boa convivência quando se tem um animal de estimação é só atentar-se às regras de condomínio para evitar desavenças.
Sabe aquela típica faixa amarela pintada no chão da garagem? Em alguns condomínios ela pode tornar-se um transtorno.
Não é raro que em condomínios onde as garagens não dispõem de muito espaço as manobras dentro dessas sejam constantes para adentrar em uma pequena delimitação pintada no chão. Além da delimitação, ainda é necessário contorcer-se muito para desviar dos pilares, no caso das garagens subterrâneas que são repletas desses, e evitar possíveis arranhões nas laterais do carro.
Depois de muito esforço, o carro está estacionado e agora vem a dificuldade de sair dele. Muitas vezes, a vaga é tão estreita que os carros ficam muito próximos e torna-se quase impossível abrir a porta do veículo. Por motivos como esses, tem se tornado até comum ver moradores saindo pela janela do veículo para evitar estragos.
A situação ainda pode se agravar. Há garagens que possuem delimitações que não comportam o tamanho do veículo, ainda mais agora que os carros maiores voltam a dominar o mer o mercado automobilístico.
Para tentar amenizar o problema e as dificuldades na hora de estacionar, alguns condomínios estão contratando manobristas para auxiliar nessa árdua batalha. No entanto, quando a delimitação da vaga é menor que as dimensões do carro, nem manobrista, nem milagre serão capazes de solucionar o problema.
Para combater a adversidade, muitas vezes há necessidade de introduzir leis para regrar as dimensões mínimas que as vagas nas garagens devem ter; o que pode ser omitido pela construtora e causar tamanhos problemas.
As leis que delimitam tamanhos mínimos para as vagas em condomínio, são leis municipais, mas uma boa parte dos municípios brasileiros determinam 3 tamanhos diferentes para a composição de vagas nas garagens. As vagas pequenas representam em média 50% das vagas disponíveis (destinadas aos carros de pequeno porte, como Gol); 45% são de vagas médias (destinadas a carros sedans, a exemplo de um Civic) e 5% são ocupadas por vagas grandes (destinadas a picapes e carros maiores, como Santa Fé).
O ideal é antes de comprar ou alugar uma unidade no condomínio atentar-se também a garagem, mas caso já esteja lidando com o problema na hora de estacionar o ideal é buscar por uma lei municipal que rege sobre delimitação de vagas em condomínios e averiguar se o estabelecido esteja sendo cumprido.
Se as dimensões da vaga estiverem dentro dos padrões estabelecidos, e sua vaga for de característica pequena ao contrário das proporções do seu carro; a melhor alternativa é propor uma reunião de condomínio com pauta para solucionar amigavelmente o problema. Caso não seja possível estabelecer acordos para ocupação das vagas, outra hipótese é o condomínio estabelecer sorteios anualmente para determinar as vagas.
Geralmente, os assaltantes costumam agir nos horários de pico. Atualmente, os locais mais almejados pelas quadrilhas são os condomínios, para praticarem suas ações violentas. Esse fato é até contraditório, visto que moradores optam por morar em prédios devido a alta segurança que ele oferecem. Mesmo com todo um sistema de segurança moderno, muitas vezes eles não mostram eficácia. Na cidade de São Paulo, os bairros que mais ocorrem esse problema são o Campo Belo, Morumbi e Higienópolis. Segundo Mauro Fachini, delegado titular da Delegacia de Roubo a Condomínios da capital paulista, em uma entrevista para um jornal da região, os bandidos já sabem quais são seus alvos, e só procuram apartamentos no condomínio que moram pessoas ricas.
Os horários adotados para os assaltos são entre as 5 horas e 7 horas ou 19 horas e 21 horas. As quadrilhas são formadas por grupos grandes, de sete a 10 integrantes. “Um assaltante liga para o condomínio e se passa por morador. Ele avisa que chegará um carro de um parente ou visitante, e que a entrada deverá ser autorizada. Quando eles chegam, o porteiro libera, eles entram, e dentro do carro está o bando”, afirma o delegado. Veja a seguir algumas dicas para o condomínio evitar esse problema:
Proteção física: Em qualquer bairro, mesmo que tenha constante ronda policial, é necessário ajustar e fazer alterações no condomínio com relação à segurança. É aconselhável o aumento da altura dos muros ao redor do prédio e a implantação de cercas elétricas no topo dos mesmos, blindagem das guaritas de porteiros e seguranças, monitoramento da portaria e dos pontos de maior acesso por meio de câmeras de segurança e a construção de uma clausura, onde o processo de entrada de pessoas é feita por dois portões na entrada.
Treinamento interno: Em alguns casos, é recomendável a contratação de uma equipe de segurança interna e externa, com homens armados se for necessário. Esse serviço é oferecido por empresas de segurança, e pode intimidar os assaltantes. Deve-se também fazer um treinamento com todos os funcionários, a fim de que eles saibam como evitar a entrada de pessoas estranhas no interior do prédio. O síndico deve promover um treinamento específico para os moradores, a fim de conscientizá-los sobre a importância de cumprir as regras e protocolos estabelecidos que visam a segurança de todos.
Reação aos assaltos: “Se o seu condomínio estiver sendo assaltado, não reaja. Não olhe fixamente para o assaltante porque ele pode entender isso como uma intimidação. Se você perceber a ação dos ladrões antes de entrar no condomínio, acione a polícia”, explica o delegado Mauro Fachini.
Instalações eletrônicas: A instalação de sistemas de monitoramento remoto, alarmes e cercas elétricas podem intimidar os assaltantes, e impedir as ações criminosas. Muitos condomínios já estão contratando os serviços de empresas particulares de segurança. Porém, o serviço possui um preço alto. Em média, é cobrado o valor de R$ 15 mil, pelo posto de segurança 24 horas com quatro seguranças por dia. Com todos esses elementos incorporados no prédio, a chance de um assalto em massa no prédio é reduzida.
Atualmente, com o crescente número de roubos em condomínios, é necessário que moradores e funcionários sigam regras para manter a segurança. Ao contratar os funcionários, os responsáveis pelo condomínio devem ser rigorosos. Deve-se haver uma verificação de fontes de referência e uma breve pesquisa da vida e do trabalho do novo funcionário. Isso porque deve-se manter a máxima discrição a assuntos relacionados à vida dos moradores, valores guardados por eles e a existência de cofres. Porteiros devem estar atentos quanto à movimentação na portaria. Eles precisam saber os horários que criminosos costumam assaltar casas e condomínios na região em que o prédio está localizado.
O portão, localizado na portaria, deve ser aberto pelo porteiro somente após a identificação do visitante. E não é aconselhado, em nenhuma hipótese, deixar o portão aberto. Logo após identificar a pessoa, o porteiro deve comunicar ao morador sobre a conveniência. É preferível que o morador desça, reconheça a pessoa e permita sua entrada. Ao atender o estranho, os portões devem ser mantidos fechados e a pessoa permanecendo do lado exterior do prédio. Dessa forma, haverá um limite na entrada de pessoas desconhecidas no condomínio, aumentando a segurança de todos. No caso de entregas de mercadorias e encomendas, o morador deve, obrigatoriamente, comunicar à portaria e solicitar sua presença no local para seu recebimento. Não é aconselhado que o entregador leve a encomenda até o destinatário. Caso o morador não esteja presente, o porteiro irá guardar a mercadoria no depósito, e será retirado somente com a presença do devido dono.
O síndico e responsáveis pelo condomínio devem ter uma tabela com o horário do recolhimento do lixo na rua. Na hora da limpeza, todos os portões do prédio edifício devem permanecer fechados. Isso porque já ocorreram casos de assaltantes estarem vestindo trajes de garis e adentrarem prédios na hora do recolhimento do lixo, sem que sejam vistos. O depósito de lixo de todos os moradores deve estar localizado em frente ou na calçada, e nunca na parte interior do prédio.
Caso o morador esteja entrando com seu automóvel na garagem, é importante identificar o motorista. Veja também se, na hora que o carro estiver entrando, alguém escondido está se infiltrando nas dependências da garagem. Alguns assaltantes costumam se esconder atrás ou nas laterais do carro e ficarem abaixados, com o intuito de não serem percebidos. O porteiro deve liberar a saída ou entrada de moradores somente quando identificar que não há um grande fluxo de pessoas suspeitas na rua. É aconselhável ter o auxílio de câmeras de segurança nos portões, a fim de auxiliar a portaria.
No caso de recebimento de prestadores de serviços, como encanadores e pedreiros, a portaria deve identifica-los, anotando os dados de seus documentos. Em seguida, comunique aos responsáveis ou moradores do condomínio. O acesso só deve ser permitido mediante a autorização dos mesmos. Depois de autorizado, o prestador de serviços deve ser conduzido ate o local acompanhado por algum funcionário. O horário para a entrada de visitantes deve ser estipulado, precedido por cautelas adotadas pelos responsáveis.
Há muitos síndicos de condomínio que são muito autoritários, impondo regras que não podem ser contestadas pelos moradores e que devem ser seguidas obrigatoriamente. Estas são feitas sem nenhum acordo com os habitantes do prédio. Alguns podem ser agressivos e não aceitam ser contestados por suas decisões tomadas. Segundo uma moradora da Chácara Klabin localizado na zona sul, que prefere não citar seu nome, chega ao ponto de ter medo do seu síndico. Ela conta que ele permaneceu na administração do condomínio por cerca de oito anos, e que causou diversos conflitos com outros moradores, por causa da sua rigidez e normas abusivas. Não somente esta moradora, mas muitos outros convivem constantemente na mesma situação.
“Ele dizia abertamente que era dono do prédio e se permitia adotar uma série de proibições por conta própria. Os adolescentes, por exemplo, não podiam sentar no sofá do hall, porque na cabeça dele iriam namorar ali. Ele também colocou uma tranca em todos os portões do condomínio para evitar que os jovens fossem até a piscina ou o bosque. Ele mexia com as minhas visitar, provocava. Tenho medo, porque ele é agressivo e pode partir para cima”, afirma ela. Segundo o vice-presidente da administração de condomínios do Secovi-SP, Hubert Gebara, os casos de síndicos autoritários são muito comuns. Mesmo ele sendo um representante dos moradores e tendo conhecimento do Código Civil e da convenção de condomínio, acaba desviando do seu papel principal no prédio e se tornado o “dono”.
“Ele não pode fazer o que bem quiser, não pode decidir as coisas sozinho. Tem que ter bom senso, ser educado e não pode se beneficiar do cargo. E se ele não for bom, troque”, afirma Hubert. O que muitos moradores não sabem é que o síndico pode perder seu posto, mediante uma votação com todos do prédio. Caso esteja demonstrando abuso de poder, ele pode responder judicialmente por suas ações. O presidente do sindicato dos síndicos de São Paulo, José do Amaral Nogueira Jr, cita que o problema já é comum em todas as regiões do pais, e a prática precisa ser combatida. “É comum as pessoas confundirem as coisas e se sentirem donas do prédio. Elas não são profissionais e se perdem no meio da gestão. Por isso, nós defendemos que a função de síndico deve ser profissionalizada. A pessoa precisa ser qualificada, passar por curso e se preparar. Até porque pode responder judicialmente pelas suas decisões”.
Nas grandes cidades, já são promovidos cursos com habilitação de síndico. O curso possui matérias como gestão, controle e direitos dos moradores do condomínio. Como diz José do Amaral, esse curso é necessário, pois forma um síndico qualificado a atender a todos os assuntos do prédio. E o mais importante, ele aprende a não ser autoritário e assumir o controle de tudo. Proprietários e responsáveis por condomínios não devem fazer a contratação de qualquer pessoa para esta importante função. Deve-se contratar um profissional com formação, que esteja habilitado a cumprir todas as suas funções de administração.
A segurança em condomínio é algo que está preocupando muitos proprietários e responsáveis. Isso porque houve um crescente número de roubos em condomínios. Por isso, foram adotadas medidas de segurança máxima, como a construção de muros mais altos, instalação de cercas elétricas, sistema de monitoramento e até mesmo um posto de vigilância com guardas fazendo a segurança 24h por dia. Os moradores afirmam que se sentem morando em uma prisão, sendo orientados e vigiados constantemente. Além disso, há diversos avisos fixados na portaria. Em um prédio em São Paulo, por exemplo, o comunicado afirma que “é proibido entrada com capacete”. Um prédio em Santos (SP) proibiu a entrada de quaisquer pacotes e mercadorias. Em outro condomínio em Higienópolis, no centro de São Paulo, qualquer visitante necessita registrar seu RG, CPF e nome completo, por questões de segurança. Além disso, entregadores e mercadorias devem permanecer na postaria, até o responsável chegar para verificar.
“Primeiro a gente tinha que descer para pegar a pizza na portaria. Depois, as pessoas não podiam subir com pacotes no elevador. Aí, começaram a barrar tudo, tudo virou pacote suspeito. Até presente”, cita Sonia Becker, moradora do prédio. Mesmo os habitantes reclamando das normas de segurança, elas não devem ser alteradas ou banidas. Segundo Hubert Gebara, vice-presidente da administração de condomínios do Secovi-SP, “as únicas regras que devem ser mais rigorosas são as da segurança. É melhor exagerar para mais”. Estas e muitas outras regras foram criadas visando a segurança de todos os moradores e funcionários, e não devem ser contestadas. Como o condomínio foi criado para dar mais segurança aos seus moradores, estas medidas foram criadas para todos realmente ficarem seguros.
A cada ano que passa, regras mais rigorosas são incorporadas no regulamento dos condomínios. Elas são adotadas visando garantir a segurança dos moradores e a boa convivência entre eles. Algumas delas já são bastante conhecidas, como não fazer barulhos depois das 22 horas, latido do cachorro, depositar o lixo fora do horário, vasos de plantas na janela e estacionar o carro corretamente na garagem. Caso as regras não sejam cumpridas, multas são automaticamente geradas para o morador. As normas, que são polêmicas, estão controversas nos últimos anos, e são alvos de reclamações.
Segundo o Secovi-SP, sindicato do mercado imobiliário de condomínios, os problemas de estacionamento na garagem e barulhos inevitáveis são os maiores problemas enfrentados pelos moradores. Até os animais de estimação e as crianças são citadas nos regulamentos, com restrições. Há muitos relatos de pessoas insatisfeitas com as novas regras. Uma delas é Camila Guarnieri, engenheira de 24 anos. Ela mora em um condomínio em Campinas (SP), onde enfrenta vários problemas. Um deles é o fato de que os animais não podem circular pelas áreas internas do condomínio e não podem fazer quaisquer ruídos. “Eu não entendo. Se você compra uma casa em um condomínio é porque quer segurança. Eu preciso passear com a minha cachorra na rua, à noite, porque não posso circular por aqui”, afirma a engenheira.
Fiona, como é chamada a sua cachorra boxer, latia muito quando se mudou para a nova residência. A sua adaptação durou muito tempo. Até que um dia ela recebeu uma carta da direção do condomínio, citando que ela seria multada caso o animal não parasse de latir constantemente. “Alguém multa seu vizinho porque a criança dele não para de berrar? Conversamos com a síndica e tivemos que comprar uma dessas coleiras que dão choque para ver se ela fica mais quieta, coitada. Ainda bem que foi por pouco tempo”, afirma Camila. A escritora Ana Rusche, de 31 anos, mora em um prédio em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. O condomínio não tem um estacionamento para bicicletas. Dessa forma, ela precisa carregar sua bicicleta até o quarto andar, onde fica seu apartamento. “Carrego no braço mesmo. Tenho uma de alumínio e a outra dobrável, que são levinhas, têm mais ou menos 13 quilos. Mas a gente tem que ter força de vontade para chegar em casa e subir tudo. É uma pena, porque há cada vez mais carros na rua e é impossível estacionar por aqui as 23 horas”, afirma a escritora.
Uma plausível solução para o problema é a instalação de estacionamentos somente para bicicletas no condomínio. Como o trânsito nas grandes cidades está muito congestionado, as pessoas preferem utilizar a bicicleta. Além de fazerem exercício, podem ir e chegar ao trabalho rapidamente. Especialistas do mercado imobiliário afirmam que deve existir, obrigatoriamente, um estacionamento desse tipo em qualquer prédio residencial. Mesmo com muitas reclamações feitas por moradores, essas duas situações parecem não ter solução. Além desses casos, existem muitos espalhados por todo o país, que podem ser os mesmos.
Algumas regras impostas pelos condomínios são difíceis de entender, até porque os responsáveis as tornam incompreensíveis. As regras e normas são afixadas no mural do prédio em outros locais de muita movimentação, causando estranhamento nos moradores. Frases como “é proibido entrar com qualquer bebida, porque pode sujar o hall e quem for visto andando sem camisa leva bronca” são comuns. Em um condomínio localizado da Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo, o estatuto cita que “é proibido circular pelas áreas comuns usando robe de chambre”. No prédio Louvre, “a área da piscina, localizada na cobertura, será trancada a partir das 18 horas, impedindo que os moradores deixem de apreciar a maravilhosa vista do centro de São Paulo durante o pôr-do-sol”. No edifício dos Jardins, toalhas penduradas nas janelas são proibidas, principalmente nos kitnets. Em outros, é proibido cachorros andarem na calçada em torno do prédio, a área de lazer não pode ser utilizada no horário entre 8 e 22 horas e é permitido jogar bola na grama do jardim. Concorda que são regras contraditórias e estranhas?
Em Moema, na zona sul de São Paulo, os moradores viram um comunicado afixado no elevador. “Lamentavelmente tem sido observada no chão da academia a presença de cuspe e escarros junto à esteira e à bicicleta. Por uma questão básica de higiene solicitamos que isso não mais ocorra, caso contrário seremos obrigados a instalar câmera de segurança no local para detectar a origem do problema, causando custos e desgastes desnecessários”. Segundo a moradora Juliana Marques, que é psicóloga, “é ridículo ter que ler isso. Mas pelo visto, era necessário, né?”. O aviso causa estranhamento, visto que pede mais higiene dos moradores. No mesmo comunicado, estava presente também outro aviso. “Recentemente foi solicitado aos moradores que retirassem do recinto da garagem todo e qualquer material que estivesse lá depositado e fomos parcialmente atendidos. Solicitamos, aos que ainda não o fizeram, que desocupem a garagem completamente a fim de que seja possível manter uma perfeita limpeza daquele local”.
Os responsáveis por um edifício localizado na mesma região adotaram uma espécie de sirene sonora, utilizada para intimidar e afastar travestis que ficam na calçada do entorno do mesmo. “Achava que era algum tipo de alarme de carro, mas um morador antigo me contou que a sirene é acionada quando os travestis tentam usar a nossa calçada para ficar esperando os clientes ou quando estão fazendo muito barulho. Ela funciona realmente, principalmente à noite, de segunda a segunda. Basta algum travesti começar a falar alto ou tentar usar a calçada como ponto”, afirma a moradora Débora Rodrigues. Estas medidas tomadas pelos responsáveis, que causam estranhamento devido os moradores não entenderam a mensagem, são causadores de problemas em condomínios. É aconselhável que as mensagens que devem ser comunicadas ao moradores sejam discretas e diretas, sem redundâncias, erros gramaticais e frases sem sentido. Em alguns casos, apenas uma palavra muda o sentido original do texto. Por isso, é importante a correção antes de afixar em algum local público do condomínio.
Uma dos profissionais do condomínio mais visto é o porteiro. Algumas regras simples para causar boa impressão:
1. Cumprimente diariamente e constantemente seus colegas de trabalho e os moradores do prédio. Seja ao saírem ou retornarem, sempre aborde-os com um bom dia.
2. No momento da abordagem, seja para dar uma informação importante ou para entregar uma mercadoria que chegou, fale com delicadeza e sempre com educação, pedindo licença antes.
3. Mantenha sempre a boa aparência no seu ambiente de trabalho. Vista roupas bem passadas e limpas.
4. Sempre obedeça as regras de seguranças regidas no regulamento interno do condomínio. Ao desobedecer uma regra, mesmo que ela não seja importante, poderá estar colocando em risco a sua vida e a dos moradores do condomínio.
5. Não dê livre acesso à guarita para qualquer pessoa, mas somente para funcionários, como seguranças e auxiliares de limpeza.
6. Deve-se estar atento a todos os portões de acesso ao condomínio. Vigie-os constantemente e siga as regras de segurança estabelecidas.
7. Quando cometer um erro, comunique imediatamente ao seu superior e discuta uma forma de ele não se repetir.
8. Identifique a entrada de funcionários do edifício pelo crachá.
9. Fique atento às movimentações da parte de fora do prédio. Saiba identificar alguma ação suspeita que ponha em risco a segurança dos moradores.
10. Jamais comente, em nenhuma hipótese, a rotina do condomínio, como a hora em que os moradores entram e saem dele. O sigilo de informações é também uma norma de segurança.
Profissionais do condomínio: Auxiliar de limpeza
1. Cumprimente diariamente e constantemente seus colegas de trabalho e os moradores do prédio.
2. Sempre mantenha a boa aparência no seu ambiente de trabalho. Vista roupas bem passadas e limpas.
3. A limpeza é muito importante para o ambiente do condomínio. Por isso, o trabalho desse profissional deve ser feito cuidadosamente, se atentando aos mínimos detalhes.
4. Utilize sempre algo para sua proteção no momento de utilizar produtos de limpeza. Use luas, óculos de proteção e botas, além de outros artigos importantes para a proteção. Isso porque os produtos químicos geralmente são ácidos, o que podem prejudicar a saúde de que o utiliza.
5. Identifique com uma placa um local escorregadio que tenha acabado de fazer a limpeza. Isso evitará acidentes que possam ocorrer com moradores e funcionários, ao não perceberem que o local está sendo limpo.
6. Jamais comente com outras pessoas ou amigos a rotina do condomínio. O sigilo de informações de moradores e funcionários é uma norma importante de segurança.
7. Ao fazer a limpeza do lado exterior do prédio, comunique ao porteiro para que fique atento à movimentação na rua e evite quaisquer ações de assaltantes.
8. Crie e mantenha uma rotina de trabalho, mapeando o que irá fazer naquele dia. Dessa forma, nenhum local do condomínio deixará de ser limpo.
9. Evite a utilização indevida e desnecessária dos produtos de limpeza. Faça uma pequena lista dos produtos de limpeza que são específicos e separe-os dos demais no depósito.
10. Quando cometer um erro, comunique imediatamente ao seu superior e discuta uma forma de ele não se repetir.