Síndicos exigentes e autoritários

Síndicos exigentes e autoritários

Síndicos exigentes e autoritários
Síndicos exigentes e autoritários

Há muitos síndicos de condomínio que são muito autoritários, impondo regras que não podem ser contestadas pelos moradores e que devem ser seguidas obrigatoriamente. Estas são feitas sem nenhum acordo com os habitantes do prédio. Alguns podem ser agressivos e não aceitam ser contestados por suas decisões tomadas. Segundo uma moradora da Chácara Klabin localizado na zona sul, que prefere não citar seu nome, chega ao ponto de ter medo do seu síndico. Ela conta que ele permaneceu na administração do condomínio por cerca de oito anos, e que causou diversos conflitos com outros moradores, por causa da sua rigidez e normas abusivas. Não somente esta moradora, mas muitos outros convivem constantemente na mesma situação.

 

“Ele dizia abertamente que era dono do prédio e se permitia adotar uma série de proibições por conta própria. Os adolescentes, por exemplo, não podiam sentar no sofá do hall, porque na cabeça dele iriam namorar ali. Ele também colocou uma tranca em todos os portões do condomínio para evitar que os jovens fossem até a piscina ou o bosque. Ele mexia com as minhas visitar, provocava. Tenho medo, porque ele é agressivo e pode partir para cima”, afirma ela. Segundo o vice-presidente da administração de condomínios do Secovi-SP, Hubert Gebara, os casos de síndicos autoritários são muito comuns. Mesmo ele sendo um representante dos moradores e tendo conhecimento do Código Civil e da convenção de condomínio, acaba desviando do seu papel principal no prédio e se tornado o “dono”.

 

“Ele não pode fazer o que bem quiser, não pode decidir as coisas sozinho. Tem que ter bom senso, ser educado e não pode se beneficiar do cargo. E se ele não for bom, troque”, afirma Hubert. O que muitos moradores não sabem é que o síndico pode perder seu posto, mediante uma votação com todos do prédio. Caso esteja demonstrando abuso de poder, ele pode responder judicialmente por suas ações. O presidente do sindicato dos síndicos de São Paulo, José do Amaral Nogueira Jr, cita que o problema já é comum em todas as regiões do pais, e a prática precisa ser combatida. “É comum as pessoas confundirem as coisas e se sentirem donas do prédio. Elas não são profissionais e se perdem no meio da gestão. Por isso, nós defendemos que a função de síndico deve ser profissionalizada. A pessoa precisa ser qualificada, passar por curso e se preparar. Até porque pode responder judicialmente pelas suas decisões”.

 

Nas grandes cidades, já são promovidos cursos com habilitação de síndico. O curso possui matérias como gestão, controle e direitos dos moradores do condomínio. Como diz José do Amaral, esse curso é necessário, pois forma um síndico qualificado a atender a todos os assuntos do prédio. E o mais importante, ele aprende a não ser autoritário e assumir o controle de tudo. Proprietários e responsáveis por condomínios não devem fazer a contratação de qualquer pessoa para esta importante função. Deve-se contratar um profissional com formação, que esteja habilitado a cumprir todas as suas funções de administração.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *